
Logo quando fui apresentada aos irmãos McDonald levei um grande choque. Os donos de um dos nomes mais conhecidos do mundo se arriscaram em vários setores, sempre idealizando os seus sonhos, até alcançarem a “sorte grande”. Descobriram que vender hambúrguer, fritas, refri e milkshake era o que dava certo e inventaram o Sistema Speed, na qual os clientes recebiam o pedido em 30 segundos e, pasmem, o lanche custava míseros 15 cents.
A propósito, seus nomes são Rick e Maurice e iam muito bem, obrigado. Eram certinhos em todos os aspectos, tudo passava por um teste de qualidade rigoroso, a quantidade dos ingredientes usados era padronizada e o objetivo era fazer famílias felizes. E acredita que o hambúrguer era feito de carne de verdade? Eles não aceitavam nada processado, pois queriam entregar comida fresca e bem preparada para quem quer que fossem.
Até que um dia conheceram Ray Kroc, um vendedor que, ao tomar conhecimento sobre o sistema dos irmãos, viu uma oportunidade para empreender: ofereceu uma proposta de expandir os negócios do McDonald’s e fazê-lo conhecido em todo os EUA. Dito e feito, foi e fez. Hoje a empresa está presente em 120 países e tem quase 37 mil lojas.
Mas, como nem tudo são flores, o sucesso da maior rede de fast-food se construiu devido um fator bem intrigante: a traição. E isso ficará em evidência durante o longa. ELE ROUBOU UMA IDEIA E O MUNDO ENGOLIU, a frase de efeito faz juz à história. Então vamos conhecer o tal de Ray.
O cara não era lá essas coisas, vivia investindo em ideias malucas que nunca davam certo, era um mero vendedor de coisas que nunca vendiam. Mas era persistente, e com persistência a gente consegue tudo, não é mesmo? E devo admitir, era inteligente! No começo estava tudo certo, Ray seguia as regras de Rick e Maurice, ambos lucravam, abriam novas lojas, expandiam os negócios e por aí vai. Só que a ganância subiu tanto, mas tanto, que Ray tomou tristes atitudes para pegar tudo para si.
Assisto muitos filmes biográficos e é incrível como a maioria deles têm em comum a trapaça, como também vimos em O Lobo de Wall Street.
A história parece se repetir sempre que lançam um novo filme sobre um
cara ou empresa que possui muita fama: alguém tem uma boa ideia,
alguém se aproveita da situação, alguém fica rico… Parece ser essa a
ordem natural das coisas entre o povo de classe AA+.
Algo que me incomoda muito são as traduções dos nomes dos filmes estrangeiros. Nesse caso, Fome de Poder casou bem com o enredo do filme, mas me digam o que tem de parecido com The Founder?
No geral, não gostei, fiquei angustiada demais e com uma vontade louca de socar a cara do Sr. Kroc. O filme se desenrola e a gente fica conhecendo a triste história do verdadeiro dono do McDonalds, vale a pena conferir, mas cuidado, talvez você seja convencido a parar de frequentar de vez a franquia mais famosa do mundo.
(Fiquem tranquilos, aquele palhaço estranho não aparece em momento nenhum.)
Título: Fome de Poder
Elenco: Michael Keaton, Nick Offerman, John Carroll Lynch
Direção: John Lee Hancock
Gênero: Biografia, Drama
Duração:1h 55min
Classificação: 10 anos
Avaliação: