Título: A Vida Como Ela Era (Os Últimos Sobreviventes #1)
Autor: Susan Beth Pfeffer
Editora: Bertrand Brasil
Tradução: Ana Resende
ISBN: 9788528620696
Número de Páginas: 378
Ano: 2016 (2ª Edição)
Classificação:
Quando Miranda começa a escrever um diário, sua vida é como a de qualquer adolescente de 16 anos: família, amigos, garotos e escola. Suas principais preocupações são os trabalhos extras que os professores passaram tudo por causa de um meteoro que está a caminho da Lua.
Ela não entende a importância do acontecimento; afinal, os cientistas afirmam que a colisão será pequena. Mas, mesmo assim, acredita que esse será um evento interessante a se observar, com binóculo, do quintal de casa.
Para surpresa de todos, o impacto da colisão é bem maior do que o esperado, e isso altera de modo catastrófico o clima do planeta. Terremotos assolam os continentes, tsunamis arrasam os litorais e vulcões entram em erupção. Em 24 horas, milhões de pessoas estão mortas e, com a Lua fora de órbita, muitas outras mortes são previstas. Os supermercados ficam sem comida, e Miranda e sua família precisam, então, lutar pela sobrevivência em um mundo devastado, onde até a água se torna artigo de luxo.
Em A Vida Como Ela Era, temos uma adolescente de 16 anos com seus problemas um tanto comuns, mas que está com a sua volta prestes a desmoronar por conta das catástrofes e pelo modo que o planeta se encontra, abalando um pouco as perpectivas, planos e prioridades de Miranda e de sua família.
O livro é montado interamente no formato de um diário escrito pela nossa protagonista, o que faz com que a leitura seja mais informal e até um pouco mais fluída, mas sem se esquecer do realismo da vida de uma adolescente, pois há dias em que muitas coisas acontecem, muitos pensamentos e reflexões, enquanto outros não acontecem quase nada, sendo apenas um dia comum e sem graça. Esse é um ponto bem interessante no enredo criado por Susan.
Por mais que o livro aconteça num ambiente em que o apocalipse é evidente, o foco da autora não está na ação, mas sim no modo em como a família e a protagonista se comportam perante essa nova realidade, incluindo dificuldade para se alimentar, falta de água, de luz e de contato com outras pessoas. É algo bem introdutório, o que foi um ponto interessante da leitura, pois é diferente do que estamos acostumados, em que o protagonista já tem que lidar e agir com os problemas rapidamente. É algo bem diferente do que eu eu esperava, mas não deixa de ser algo bom.
Sobre personagens, Susan também acertou. Por se tratar de um diário, como já dito antes, é possível perceber o amadurecimento de Miranda, que antes era um tanto mesquinha e até um pouco chata, mas que depois se releva bastante madura e forte, devido aos acontecimentos.
Sendo o primeiro volume de uma série de quatro livros, Susan soube muito bem nos introduzir nessa história um tanto quanto inédita de uma maneira bem diferente. É uma história bem escrita, que cresce gradativamente. Fãs de distopias jovem podem gostar, assim como aqueles que gostam de histórias que envolvem o fim do mundo.