{Crítica} Assassin’s Creed

A franquia de Assassin’s Creed é mundialmente famosa. Começou pelos games, conquistando o público, depois foi para os livros, onde também foi sucesso, possui uma adaptação como minissérie. Só faltava então ir para as telonas do cinema, o que demorou um pouquinho, avaliando pelo sucesso, porém a espera valeu a pena. Michael Fassbender, protagonista e produtor, juntamente a Justin Kurzel, diretor, foram os responsáveis pela adaptação do game dar certo.
No enredo do filme acompanhamos Callum Lynch, um rapaz que, após preso e sentenciado à morte, acorda num lugar chamado Abstergo, onde descobre que a empresa que o hospeda tem um interesse peculiar nele: Cal viverá as memórias de seu ancestral, Aguilar, através de uma máquina chamada Animus, para poder descobrir o poder e o lugar da Maçã do Éden, artefato que contém o código genético humano do livre-arbítrio.

Através do Animus, Callum, sob pele de Aguilar, tem contato com o Credo dos Assassinos, assim como conhece as intenções dos Templários. A primeira organização luta a favor do livre arbítrio, enquanto a outra não acredita na humanidade e deseja dominá-la. Essa viagem ao passado fará com que Cal, no presente, questione sua linhagem, assim como suas ações, podendo assim influenciar fatos e acontecimentos atuais.
Ao decorrer do filme, somos apresentados a alguns discursos sobre violência e livre arbítrio, de acordo com os dois lados, o dos Assassinos e o dos Templários. Através desses discursos, aprendemos as motivações de cada lado, facilitando o entendimento da trama, assim como o porquê da busca incansável da Abstergo pela Maçã.
O filme de Assassin’s Creed não é baseado em nenhum dos games ou livros, o que pode até estranhar algumas pessoas, por ser algo novo. Novos personagens, novo enredo, nova época, novas memórias, novo Assassino. Apesar das várias novidades, a base em si é a mesma, afinal, ainda temos o Credo dos Assassinos e os Templários, assim como a busca pela Maçã do Éden, que é citada nos jogos.
Uma diferença, que acredito que deu muito certo, foi a mudança quanto ao Animus. Nos jogos, a máquina é uma espécie de cama, em que o personagem se deita e vive as memórias, enquanto no filme, somos apresentados a uma espécie de braço mecânico que suspende Cal e o guia através dos movimentos realizados nas memórias, permitindo que os cientistas assistam às memórias, deixando a experiência um pouco mais emocionante. Através do Animus, as cenas das memórias e as de Cal no Animus são intercaladas, deixado tudo mais interessante e instigando o espectador.
Algo que merece ser mencionado é o fato de o filme ser praticamente em dois idiomas. No presente, enquanto temos Cal na Abstergo, escutamos o inglês legendado, obviamente, enquanto nas memórias de Aguilar, o idioma falado é o espanhol, por se passar durante a Inquisição Espanhola. Isso é bastante diferente, já que em outros filmes, por exemplo, mesmo que se passe em outro país com outro idioma, o inglês costuma ser a língua falada, para facilitar, porém essa diferença foi responsável por uma maior imersão do espectador na história.
Como fã da franquia, o filme de Assassin’s Creed foi responsável pelo sorriso em meu rosto ao terminar de assisti-lo. Apesar de não ser uma adaptação, e sim ter uma base nos jogos e livros, o enredo, em sua liberdade, segue uma linha em que o espectador se vê interessado em absolutamente tudo. O filme ainda conta com ótimas cenas de ação, lembrando muito as dos jogos, assim como movimentos e armas. Ficou muito legal, tornando a necessidade de uma sequência quase imediata.

Título: Assassin’s Creed
Elenco: Michael Fassbender, Marion Cotillard, Ariane Labed, Michael Kenneth Williams, Brendan Gleeson
Direção: Justin Kurzel
Roteiro: Adam Cooper, Bill Collage, Michael Lesslie
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia
Duração: 115 min.
Classificação: 12 anos
Estreia: 12 de Janeiro de 2016
Avaliação: 

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